Sua Cidade como Hub de Oportunidades

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Porque algumas cidades se desenvolvem e outras não?

Esta resposta pode estar ancorada em vários fatores e indexadores que vão desde o IDH até a capacidade de gestão por parte de quem a conduz, e mais ainda, de quem elege seus gestores.

Ficaria simplório pensar que cidades precisam “nascer grandes” para que continuem se desenvolvendo.  Aí entramos no conceito primário de grandeza, desenvolvimento, e isso tudo a qual custo?  Mas este post não tem pretensões filosóficas estruturantes.

A ideia do post remete a planejamento orgânico das cidades, à percepção de suas vocações e riquezas, ao entender que muitas vezes uma cidade cresce apenas por sua gente, por sua qualidade de vida ou do ar, pouco trânsito e stress, por momentos de felicidade.

“Ah, mas cidades sem infra estrutura não se desenvolvem”.  É uma verdade agregada mas é preciso mais que isso:  por vezes recursos mal aplicados, desvio de foco educacional, ausência de oportunidades de emprego e renda, a sensação de que “não adianta, nada vai mudar mesmo”, e a resistência de bravos novos “bandeirantes” é que dão o norte ao que é mais importante de tudo isso:  É preciso pensar, planejar, prever o futuro de sua cidade, traçar metas, fazer um projeto do amanhã que você deixaria para seus netos.  É preciso sonhar, é preciso prever de que forma as pessoas poderão estar em sua cidade, que elas gerem riqueza, que cuidem do meio ambiente, que entendam o turismo como valor agregado, sem que isso represente uma ostensiva imigração temporal ou definitiva, o que derruba qualquer planejamento decente.

Certa vez (2015) estive morando numa pequena cidade italiana quando fomos tratar do assunto da cidadania.  Naquela Cidade, assim como em toda a Itália, se faz necessário avisar quando sua casa for alugada, para quantas pessoas e por quanto tempo:  Assim eles planejam a recolha dos resíduos, a necessidade de aumento de efetivo policial, o consumo de agua ou lançamento de dejetos, projeção de linhas de ônibus, e por aí vai.  No verão, eles tem tudo muito bem dimensionado.  Você não pode simplesmente “enfiar” 100 pessoas na sua casa porque em algum lugar vai faltar alguma coisa.  Isso me lembra um certo balneário de nossa cidade Natal, Florianópolis, onde a “decoreba” das desculpas do verão é exatamente a ladainha que outras cidades planejam evitando este tipo de colapso.

Na mesma Itália, alguns anos antes (2011) fui num evento em Gênova chamado EuroCities onde existia uma enorme “mesa redonda” que construía o futuro da Europa para os próximos 30 anos.  Eu falei 30 anos e eles levam isso a sério!  Ali tinham engenheiros, administradores, filósofos, médicos, empresários, todos colaborando para que suas cidades possam ter um amanhã planejado.  Isso remete projeção ordenada a investimentos em infra estrutura, em educação, em saúde, em segurança, em transportes.  E os políticos?  Estes apenas entendem e atendem a este planejamento que invariavelmente não sabem fazer.  Normalmente realizam “produtos” de 04 anos levantando troféus inexistentes para suas prateleiras egocêntricas sem aquele olhar ao inevitável futuro.

Numa certa ilha ao sul do Mundo, tomando por dados as projeções do IBGE, sua população vai dobrar de tamanho em menos de 15 anos, mas a ilha, pequenina ilha, não tem como crescer sem algum (previsível) aterramento.  A pergunta que fica é:  O que estes gestores de hoje estão fazendo hoje por este amanhã?  Onde este povo todo vai morar, estudar?  Que tipo de transporte terão onde hoje já existe uma fama de ser a pior mobilidade urbana do País?  Qual o modelo educacional? Qual o negócio da Ilha? Seria mesmo o turismo onde 90% das praias enfrentam índices terríveis de poluição e um turista leva em média (de carro) de 3 a 4 horas de seu maior ativo (que é seu tempo) no trânsito vendo seu carro e seu cérebro fritar? Ou seria mesmo o ecossistema de inovação, hoje a meca de investimentos mundiais, repletos de impessoalidades, mas este tema eu deixo para outro post.

Onde a sua cidade pode começar a ser percebida? Fazendo o dever de casa que começa com seu gestor eleito e a equipe que ele irá montar. Se ele não sabe fazer, tem o dever de contratar quem saiba. Ele tem que olhar por sua cidade e sua gente. Tem que prever seu crescimento populacional e o que, minimamente, sua cidade precisa para despertar olhares diferenciados.

Tive recente contato com uma cidade da serra Catarinense, repleta de oportunidades, mas onde os políticos não se falam, e assim, estes continuarão a observar seus jovens indo morar na “cidade grande” porque não conseguem sequer debater sobre o “como ser tração de oportunidades” a setores da indústria, do turismo, da inovação, da educação, do que for, dentro de seu próprio país, do seu Estado, ou mesmo virando seu olhar para outros países, para cidades de outros lugares.

Assim geramos tração, fazemos cruzamentos com tecnologias adequadas, entendemos os municípios e geramos conteúdo para que as Cidades possam despertar para nosso Programa de Cidades Irmãs. Assim podem se descobrir, ver similaridades, carências, tratar de pessoas e de recursos com maior efetividade, construindo seu amanhã.  A maioria delas nem sabe do que se trata estes termos de irmanamento, alguns prefeitos usam para bater a famosa foto na assinatura do termo, mas poucos deles se preocupam com o legado que irão deixar: com o reconhecimento de sua cidade ao que ele deixou florescer. Vamos falar em novos posts mais tecnicamente sobre este programa, mas estes ocorrem desde a segunda grande guerra. Ou acham que depois da guerra os prefeitos saíam de suas cidades pra bater foto, ou para ver como iriam pavimentar uma reconstrução? Similaridades eu vejo com este pós covid: Quem ficar antenado, quem sair na frente, vai encontrar oportunidades à sua gente e sua cidade.

Mas só funciona para que sua cidade seja “usada no que tem de melhor”?  Nunca pense assim.  Assim como você encontra um irmão 300 ou 500 anos mais experiente que você, ele pode e deve ter algo a te ensinar, assim como sua cidade deve ter o que ele não tem mais.

Planejamento é a chave.  Não sabe como usar esta ferramenta como plano de gestão para a sua cidade?

A AIBBE ajuda. Agende sua video conferencia, acesse nossa pagina e baixe nosso e-book.

Hamilton Lyra

Hamilton Lyra

Sobre - Hamilton Lyra Adriano - 56 ANOS
Iniciou vida profissional em empresa familiar ligada ao comércio e com tradição em Florianópolis.

Aos 18 monta sua primeira empresa, Naturalife Sportwear
Aos 22 segue carreira na Localiza Rent a Car, franquia estadual por 12 anos

Aos 34 entra para o Grupo Habitasul gerenciando o Jurerê Open Shopping reedificando o conceito que até hoje perdura de Life Style em shopping aberto, sendo o primeiro empreendimento aberto a se associar na ABRASCE

Aos 38 abre a ShopConsult Marketing & Eventos com a expertise adquirida em suas experiências anteriores em eventos, em imagem corporativa & Marketing e em Governança (RP)

Aos 48 funda a MobConsult consultoria em Mobilidade Urbana

Aos 49 se torna publisher da Revista Mobilidade Urbana

Aos 50 consolida a ShopConsult Viagens & Eventos que realiza emissões técnicas internacionais com foco em Mobilidade urbana, em planejamento urbano e Cidades inteligentes, e ainda, em turismo sustentável. Já seguiu para quase 40 países, em 32 missões e viagens técnicas, embarcando mais de 700 pessoas, e em centenas (500) de visitas técnicas e de conteúdo, com grupos de 6 a 30 pessoas.

Aos 52 Cria o aplicativo TripOrganizer, Sua Viagem na Palma da mão, grande ferramenta, ainda exclusiva a seus clientes.

Aos 53 desmembra a empresa criando a TripConsult que passa a cuidar exclusivamente das operaçoes de Viagens Técnicas a partir de conteúdo próprio e de terceiros.

Aos 54 monta em Barcelona a AIBBE, Agencia Internacional de Business Brasil Espanha com grupo de aliados internacionais em vários segmentos. Atua principalmente no diagnóstico e preparação de empresas, associações, universidades, projetos, processos e pessoas físicas com interesses em internacionalização.

Aos 56 se associa a grupo importante de players e cria a PlaySand Deportes de Playa começando por Barcelona. A AIBBE aumenta seu escopo e cria o e-commerce Brazilian Fit Store atendendo a produtos brasileiros na Europa. Em BCN cria com a esposa a Guaraná FIT Store com linha diferenciada de produtos esportivos e personalizados em atendimento ao mercado Europeu.

Membro da Camara de Comercio Brazil Catalunya (Barcelona/Espanha) e Associado da rede Cities For Mobility (Stuttgart/Alemanha)

Aos 60 pretende montar apenas empreendimentos ligados à felicidade!

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